Orixá de Outubro - Ciganos

O Povo Cigano

O povo cigano tem a sua legião incluída na 3ª Linha de Umbanda, chamada Linha do Oriente, onde encontramos os grandes mestres do Ocultismo, do Esoterismo, da Alta Magia, da Quiromancia, da numerologia, da Aromaterapia, etc. É importante lembrar que eles nos mostram que não são Exús nem Pombo-giras, entidades pertencentes a outra linha.

O mês de maio é um mês forte para os ciganos, sendo este o de culto a Santa Sara de Kali que tem seu dia comemorado em 24 de maio. Mas, no dia 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora da Aparecida, também cultuamos o povo cigano. O rei dos Ciganos é o CIGANO WLADIMIR. Realizam-se grandes festividades entre os ciganos nesta época.

Para nós umbandistas, o mês de maio é também o de comemoração aos ciganos espirituais (24 de maio). Realizam-se festas para estas entidades onde a fartura se faz presente, acrescentada ao colorido dos tecidos, ao aroma dos incensos e a alegria do ritmo cigano.

Suas magias são sempre em forma de pós, perfumes, frutas, incensos, cereais, pães, folhas, flores tropicais, água de diversas localidades, velas coloridas, cristais, magia das cores, da música, da lua e de todos os astros. Trabalham muito na parte financeira e do amor em nós, seres humanos. Em giras ciganas são sempre invocados os 4 elementos da natureza, que são: a água, a terra o ar e o fogo.

A falange dos ciganos é oriunda de clãs como Kalous, Matchuaia, kalderach, Romis, Danúbia e tantos outros. Sua magia é secreta e cheia de mistérios, sendo a comunicação feita através de símbolos e sinais da natureza. Aceitam todas as frutas, de preferência as que não têm bico. Suas principais ervas são a hortelã verde e o alecrim de horta e de campo.

Encontramos em suas magias e oferendas frutas, fitas coloridas, cereais, perfume, baralhos, incensos, cristais, etc. Fazemos sempre suas oferendas na faixa central da areia do mar, nas campinas, nos jardins ou perto das tendas de um circo.

Falar de cigano é falar de alegria, da vida, da sorte e do amor. Quando “tratamos” de ciganos, oferecemos tudo aquilo que encanta nossos olhos, dentro da liturgia e não usamos “igé”, “ibás”, “ferramentas”, “tabatinga” e outros elementos da magia a que esse povo não é consagrado.

Geralmente, quando incorporados, os espíritos ciganos trabalham com tarôs, baralhos ciganos, runas, jogo de moedas, jogo com caroços de frutas e outros elementos que utilizavam quando encarnados.

Gostam muito dos tecidos estampados nas cores azul turquesa, vermelho e também cores berrantes. Adoram música, em especial as que possuem o som do acordeom e do violino. Adoram colares, adornos, pulseiras, lenços e perfumes. Gostam de cantar, dançar e exibir as cores de suas roupas. Alguns, trazem sotaque castelhano ou do conhecimento básico do Romanês que é o dialeto cigano. Trabalham com energização de cristais, de amuletos e talismãs. Apreciam bebidas finas, licores adocicados e o vinho em geral. Preferem realizar seus trabalhos na lua crescente ou cheia, em campos cobertos pelas estrelas, onde, em torno das fogueiras realizam grandes feitiços para diversos fins. Conhecem profundamente a alma do ser humano. São humildes e pacatos. Gostam de festas e da fartura e possuem todo um trabalho diferente do já conhecido. Através da incorporação, energizam o ambiente e as pessoas, deixando um clima suave e agradável a todos.

Dentre vários amigos e amigas espirituais, podemos citar os ciganos: Quirino, Manolo, Ruan, Pablo, Paolo, Valério, Emanuelo, Ramires, Rian, Taren, Pedrovick, Julião, Mirro, Luan, Wladimir, Alejandro, Catalão, Írio, Andaluzio, Hans, Pedro, Valki e outros. Entre as ciganas citamos: Sarita, Sulamita, Maria Rosa, Kaiuana, Carmem, Luzia, Carmensita, Palmira, Paloma, Valéria, Mirella, Pogiana, Mireles, Katiana, Natasha, Susan, Íris, Ísis, Osires, mires, Soraya e outras.

O número 5 é um número considerado místico pelos ciganos, podendo também usar o número 7, sempre em lua crescente ou cheia.

A saudação do povo cigano é: ARRIBA!